Crítica - Conan The Barbarian (2011)

Realizado por Marcus Nispel
Com Jason Momoa, Rachel Nichols, Stephen Lang, Rose McGowan

As aventuras literárias do bárbaro fictício mais famoso do mundo tiveram um razoável sucesso nos Estados Unidos da América mas Conan só se tornou num ícone mundial após a estreia de “Conan the Barbarian” (1982), um blockbuster de John Milius onde Arnold Schwarzenegger deu vida à mítica personagem criada por Robert E. Howard em 1931. O filme tornou-se num dos maiores clássicos comerciais da história do cinema mas, infelizmente, o seu sucessor, “Conan the Destroyer” (1984), não teve assim tanto sucesso e acabou por sentenciar Conan a um duradouro exílio mediático. A Nu Image/Millennium Films voltou a acreditar no potencial financeiro deste bárbaro e acabou por criar este reboot que se assemelha muito aos seus antecessores que também nos ofereceram um enredo desinteressante e muitas batalhas visualmente cativantes. A história deste “Conan the Barbarian” é ambientada num mundo fictício que inicialmente era controlado pelos Feiticeiros Necromantes de Acheron, um povo maléfico que criou uma máscara capaz de ressuscitar os mortos e destruir civilizações inteiras. Estes feiticeiros acabaram por ser derrotados pelas violentas e ferozes Tribos Bárbaras da Ciméria que destruíram esse incrível artefacto e dividiram-no entre os vários líderes tribais. As Lendas de Acheron continuaram vivas e acabaram por chamar a atenção de Khalar Zhym (Stephen Lang), um temível soldado que ambiciona reconstruir e utilizar a Máscara de Acheron para ressuscitar a sua falecida mulher e dominar o mundo ao lado da sua filha Marique (Rose McGowan). A sua demanda levou-o a defrontar e a derrotar todas as Tribos Barbaras da Ciméria mas Conan – O Bárbaro (Jason Momoa) sobreviveu ao massacre e jurou vingança contra o homem que o deixou órfão e exterminou a sua tribo. A sua vendetta contra Khalar Zhym leva-o a entrar em valorosas batalhas contra violentos adversários e terríveis monstros que o transformam num verdadeiro herói mundial e no único homem capaz de salvar a civilização da destruição.


A nível narrativo, “Conan the Barbarian” é uma verdadeira nulidade mas outra coisa não seria de esperar de um filme como este. A rivalidade entre Conan e Khalar Zhym é fraca e está muito mal construída mas os restantes elementos da história também são fracamente sofríveis, sendo de destacar os clichés artificiais e melodramáticos do relacionamento familiar entre Conan e Corin (Ron Perlman) e do enfadonho romance entre Conan e Tamara (Rachel Nichols). Os únicos elementos minimamente satisfatórios desta obra são os seus efeitos visuais e as suas batalhas que não são nem explicitas nem excessivamente violentas mas que exteriorizam a mítica essência deste herói. Os efeitos tridimensionais são visíveis mas não valorizam esses razoáveis confrontos físicos e sobrenaturais que foram idealizados por Marcus Nispel, um realizador mediano que falhou em muitas coisas mas que soube criar um bom ambiente bélico. Jason Momoa não é Arnold Schwarzenegger mas oferece-nos, mesmo assim, um Conan aceitável e relativamente fiel ao da banda desenhada. Ron Perlman, Rachel Nichols, Stephen Lang e Rose McGowan são os actores mais bem cotados do elenco secundário mas as suas performances não são nada de extraordinário. A Nu Image/Millennium Films arriscou mas não deverá obter um bom resultado financeiro com este “Conan the Barbarian”, um reboot que só deverá maravilhar os fãs hardcore deste icónico bárbaro.


Classificação – 2 Estrelas Em 5

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